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A imagem invertida da câmera traz um alguém que, às vezes, estranho. É como se os meus olhos fossem, agora, do outro, um outro que tem os olhos voltados para mim. Mas não posso olhar como o outro me olha. Então arrisco uma exposição que me deforma e me define. Passo a ser um objeto para o ser que olha. Mato a minha percepção e crio uma existência. Quem sou eu? A bonita e a feia; a generosa e a egoísta; a sensata e a demente; a razoável e a louca. Eu sou a qualificação do outro e, contra o outro, não tenho defesas. O que sei de mim torna-se uma ilusão, um sonho, uma fantasia para o ser que olha. Viro pedra sob o olhar da Medusa.

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