Seus olhos nos meus olhos e eu mergulhada nos pelos que nascem da pálpebra que esconde o seu desconforto em se ver fitado assim. Com a ponta dos dedos toco o que me parece pluma fazendo, da pluma, um você inteiro. Você, pluma colada na pálpebra, penteia meus dedos, contornando a minha mão, meus braços, meu ombro, e desembaraça qualquer incoerência possível que me distancie do sentir. Não há tempo que incomode ou ideia que me venha. Sou apenas pele que sente a delicadeza dos fios que, lentamente, me entorpecem.